Mãe, mulher, militante de esquerda, professora... não necessariamente nessa ordem!

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Sou mãe da Ana Rosa. Minha guerreira, meu orgulho. Sou militante do PSTU. Meu partido. Sou professora por opção. Não amo pela metade, não falo coisas apenas para agradar, prezo pela verdade. Sou amiga para todas as horas.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Um anivesário que não se comemora mais!



Hoje estou péssima! Sem ânimo pra ser diplomática e sem vontade de responder com delicadeza aos recados com teor espiritual.
Portanto, aos religiosos ou que acreditam em coisas sobrenaturais, peço licença para viver esse momento de acordo com o que (não) acredito. Não acho que meu irmão está em um lugar melhor. Seu corpo se deterioriza em baixo da terra. Isso não é melhor que respirar, que andar, que ter sensações e sentimentos.
Não acredito que seu espirito olha por nós, porque simplemesmente não acredito em vida após a morte.
Não acredito que vamos nos reencontrar um dia. O que tínhamos que viver foi vivido. Agora só me resta a saudade do que vivemos e daquilo que queríamos viver.
Encontro meu irmão nas músicas, nos poemas e nas coisas. São tantas que parecem ter sido escritas e feitas pra ele. Ele estará sempre presente em meus pensamentos, nas minhas lembranças, nos meus sonhos!
E eu sempre terei dentro de mim essa dor incurável. Essa saudade sem fim. Essa angústia.

O que sinto é doloroso demais! Sofro pelos que sofrem pela sua ausência. Sofro por saber que não mais nos veremos. Por não poder dá o abraço que gostaria.
Sofro pela saudade que não tem remédio, pelos os momentos que não vivemos ou não aproveitamos.

O que eu mais queria era poder te desejar um feliz aniversário, um feliz natal... Queria dá aquelas broncas de sempre e ver seu sorriso tímido por muitos e muitos anos ainda.

A partir desse ano não comemoramos mais seu aniversário. Sofremos todos os dias a cada lembrança. Mesmo nas boas recordações.

Com essa experiência ruim nada aprendi. Não mudei minhas concepções e não acho ainda que seja necessário o sofrimento para descobrir-se a pessoa que é. Não sou uma pessoa melhor nem pior, sou uma pessoa que sofre, que chora e que sabe que a realidade é cruel, e os clichês não conseguem amenizar essa terrível constatação.

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