Mãe, mulher, militante de esquerda, professora... não necessariamente nessa ordem!

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Sou mãe da Ana Rosa. Minha guerreira, meu orgulho. Sou militante do PSTU. Meu partido. Sou professora por opção. Não amo pela metade, não falo coisas apenas para agradar, prezo pela verdade. Sou amiga para todas as horas.

domingo, 20 de março de 2011

Obama, Dilma e Cabral não enganam

Barack Obama chegou ao Brasil no momento em que a ONU autoriza a intervenção militar do imperialismo sobre a Líbia. Com essa intervenção, a guerra desse povo contra a ditadura de Kadafi terá que enfrentar mais uma luta: Contra a repressão imperialista.

A vinda de Obama ao Brasil pretende substituir a imagem desgastada do governo dos EUA pela figura de Bush e se apropriar das reservas do petróleo e do pré sal, que Dilma já lhe oferece. Além de querer avançar o Livre Comércio. Obama cumpre aqui e em todo mundo o mesmo papel de Bush, apenas com uma cara mais simpática.

Dilma recebe o novo senhor da guerra e abre ainda mais as portas do Brasil aos EUA e segue cumprindo um papel de apoio aoimperialismo, principalmente na vergonhosa ocupação militar no Haiti.

Para protestar contra a política imperialista de Obama e entreguista de Dilma, foi organizado um ato pacífico no RJ pela CSP-Conlutas, pela Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre - ANEL e por diversos sindicatos.
Além disso, iniciamos uma jornada nacional, que inclui atos em outras cidades e tem como objetivo denunciar a visita de Obama, a entrega do petróleo, os acordos de livre comércio com o governo brasileiro. Também pretende apoiar a revolução árabe e denunciar os ataques do imperialismo aos povos do mundo, como no Iraque, e que agora se repete na Líbia.


No entanto o ato foi marcado por uma intensa repressão policial desdo o inicio. Houve impedimento da aproximação do caminhão de som e tentativa de acabar com a caminhada na AV. Rio Branco.

Chegando ao Consulado dos EUA o ato iniciou com palavras de ordem, discursos e um sapato foi atirado simbólicamente contra a bandeira dos EUA, repetindo um gesto comum nas revoltas àrabes.

De repente os manifestantes e jornalistas escutaram um explosão e já surpreendidos pela ação da polícia, ação que acredito não precisar descrever aqui.
A polícia prendeu 13 ativistas e declarou que coqueteis de molotov foram jogados contra os políciais.
Segue parte da nota do PSTU sobre nossa opinião a respeito dos acontecimentos:


- Declaramos que nem o PSTU e tampouco qualquer uma das entidades que organizaram o ato concordam ou apoiam atitudes como essa no ato, convocado como uma manifestação totalmente pacífica.

– Este espírito pacífico era compartilhado pelos manifestantes. Entendemos que transformar a passeata em uma batalha apenas favoreceria o imperialismo, evitando que se discuta as verdadeiras intenções da visita. Neste sentido, desconhecemos os autores do ataque e queremos vir a público declarar nossa desconfiança de que provocadores tenham se infiltrado no ato, com esse objetivo.

– Os artefatos lançados não justificam a reação completamente desproporcional da polícia do governador Sérgio Cabral, que agiu atacando e prendendo a esmo. A selvageria se seguiu por várias horas, com policiais perseguindo manifestantes pelas ruas próximas a Cinelândia, revistando e prendendo sem provas.

– A ação policial derruba por terra qualquer respeito à liberdade e os direitos humanos e indica uma criminalização dos protestos, ao melhor estilo dos Estados Unidos. Um exemplo foi dado na delegacia, quando policiais exibiram suas “apreensões”: uma garrafa de cerveja que teria sido usada como parte de um coquetel molotov e um soco inglês. Para que a imprensa fotografasse, foi colocada uma bandeira e um cartaz do PSTU, atribuindo responsabilidade sobre os ataques. Desde quando uma bandeira, um símbolo de um partido político pode ser apresentado como algo criminoso?

– Exigimos uma investigação e uma resposta do governador Sergio Cabral e de seus secretários de Segurança e de Direitos Humanos sobre os fatos desta sexta-feira. Imediatamente, exigimos a libertação de todos os presos, principalmente o menor de idade, que, pela lei, não poderia estar em uma delegacia policial.

– Por último, o PSTU afirma que não deixará de protestar contra os Estados Unidos por conta dos ataques da polícia de Sergio Cabral. Continuaremos nas ruas, e nosso próximo ato será no domingo, às 10h, no Largo do Machado. Convocamos todos a participarem deste ato, e transformar esse dia em um grande repúdio à violência de hoje e a criminalização dos que lutam.

Rio de Janeiro, 18 de março de 2011

PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO
www.pstu.org.br

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