Mãe, mulher, militante de esquerda, professora... não necessariamente nessa ordem!

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Sou mãe da Ana Rosa. Minha guerreira, meu orgulho. Sou militante do PSTU. Meu partido. Sou professora por opção. Não amo pela metade, não falo coisas apenas para agradar, prezo pela verdade. Sou amiga para todas as horas.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

E dias melhores vieram!!!!

Início da Recuperação

Foram mais 3 dias entubada e uma semana na UTI. Outras três semanas no quarto. A Ana estava ficando cada dia mais linda, se recuperando bem, mas não ganhava peso e não crescia.

Minha licença maternidade terminara, dias antes o Jefferson foi demitido do emprego, e passava tempo integral no hospital, minhas dores me atormentavam e aquela vida de hospital era ainda mais terrivelmente desgastante que o meu trabalho. Assim que acabou o antibiótico de 14 dias, passamos mais uma semana para acompanhar como ela ficaria sem oxigênio. No dia 17/10 a Dra. Tatiana pediu um eco de controle para poder nos dar alta. À tarde veio e me disse que alta havia sido suspensa, pois tinham visto no eco que ela tinha mais um problema que não havia sido notado antes: COARCTAÇÃO DA AORTA
Explicou-me o que era, sintomas, como seria tratada... Pronto! Abracei a Ana, peguei-a no colo e passei a tarde inteira ali chorando com ela nos meus braços. Foi inevitável, veio na minha cabeça como um filme... UTI, respiração mecânica, cirurgia...
Passamos o dia 17 e o dia 18 esperando a decisão da Dra. Luciana se faria a cirurgia ainda nessa internação ou se a mandaria para casa para ganhar peso e ficar mais estabilizada, pois a pequena tinha acabado de sair de uma cirurgia grande e estava bem desnutrida.


A setinha aponta para a coarctação: estreitamento na aorta.



E a alta, era nossa vez de irmos para casa!!!!!

Dia 19/10 a Ana completava 4 meses de vida, tinha passado por duas cirurgias no seu coraçãozinho, pesava ainda 3 quilos e 10 gramas, estava sem a sonda nasoenteral e se recuperava bem. A Dra. Luciana decidiu que o melhor seria levarmos a Pequenina para se recuperar melhor em casa e esperar mais um pouco para corrigir a coarctação da Aorta.
Fomos para casa!!! Os sentimentos eram muitos: alegria por ir para nossa casa com nossa Ana e uma preocupação enorme porque tinha a coarctação da aorta ainda. Um medo porque ela estava com muitas medicações ainda, e sem rumo porque não tínhamos plano de saúde e não sabíamos quem ia acompanhar a Ana agora. Estávamos cansados daqueles dias no hospital, mas agora nós é que tínhamos que preparar os remédios, mamadeiras, banhos... No fim tudo foi se normalizando. Tivemos mais duas internações: uma porque a Ana estava com suspeita de intoxicação pela digoxina e outra para realização de exames e avaliação para ver se era o momento adequado para a próxima cirurgia.

Primeiro dia em casa, depois de ermos passado 68 no hospital.



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